Energia limpa e infraestrutura: França investirá R$ 100 bi no Brasil, anuncia governo
Acordos fechados durante encontro com empresários na França incluem setores de energia limpa, infraestrutura e tecnologia; governo destaca geração de empregos e parcerias estratégicas

Em um movimento que fortalece as relações econômicas entre Brasil e França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (10) um pacote de investimentos de R$ 100 bilhões a serem aplicados por empresas sas no país nos próximos cinco anos. O anúncio foi feito durante encontro com líderes empresariais em Paris, marcando um importante o na estratégia do governo de atrair capital estrangeiro para setores prioritários.
Durante seu discurso, Lula enfatizou que os novos investimentos refletem a confiança da comunidade internacional no Brasil e destacou seu potencial para gerar empregos e modernizar a economia nacional. “Estamos mostrando ao mundo que o Brasil é um parceiro confiável, com enormes oportunidades em energia renovável, infraestrutura e tecnologia”, afirmou o presidente. Entre as empresas envolvidas estão grandes nomes como a TotalEnergies, Vinci e Danone, que planejam atuar em projetos de energia eólica e solar, modernização de portos e ferrovias, além de iniciativas sustentáveis no agronegócio.
O ministro Fernando Haddad, presente ao encontro, reforçou que os investimentos estão alinhados com as metas ambientais do país e trarão não apenas recursos financeiros, mas também tecnologia e inovação. “Esses projetos têm contrapartidas sociais e ambientais claras, o que é fundamental para o desenvolvimento que queremos”, disse. A França já ocupa a posição de terceiro maior investidor estrangeiro no Brasil, com um estoque de US$ 40 bilhões até o ano ado.
A notícia chega em um momento estratégico para o governo, que busca consolidar o país como destino atrativo para investimentos verdes e de alta tecnologia. Durante sua viagem pela Europa, Lula tem enfatizado a importância de parcerias internacionais que combinem crescimento econômico com sustentabilidade. Especialistas, no entanto, lembram que o sucesso desses compromissos dependerá de um ambiente regulatório estável e da capacidade do Brasil em manter o ritmo de reformas econômicas.
Para Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o valor anunciado é significativo, mas sua concretização exigirá esforços contínuos. “Investimentos dessa magnitude dependem de segurança jurídica e desburocratização”, ponderou. Enquanto isso, o governo comemora o acordo como uma vitória de sua política externa e econômica, que busca reposicionar o Brasil no cenário global como um player confiável e comprometido com o desenvolvimento sustentável.
Fonte: Planalto